sexta-feira, 6 de maio de 2011

O que a Comunicação Social não vai mostrar nem dizer:

I - SEJA KADDAFI O BIZARRO QUE FOR, A ONU CONSTATOU EM 2007 QUE A LÍBIA TINHA:
1 - Maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África (até hoje é maior que o do Brasil);
2 - Ensino gratuito até à Universidade;
3 - 10% dos alunos universitários estudavam na Europa, EUA, tudo pago;
4 - Ao casar, o casal recebia até 50.000 US$ para montar casa;
5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc...;
6 - Empréstimos pelo banco estatal sem juros;
7 - Inaugurado em 2007, o maior sistema de irrigação do mundo, vem tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.;
II - PORQUE "DETONAR" A LÍBIA ENTÃO?....
Três principais motivos:
1 - Tomar o seu petróleo de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas;
2 - Fazer com que todo o mar Mediterrâneo fique sob o controlo da OTAN. Só falta agora a Síria;

3 - E provavelmente o principal:
- O Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema financeiro mundial.
- As suas reservas são toneladas de ouro, que dão respaldo ao valor da moeda, o dinar, que desta forma está resguardado das flutuações do dólar.
- O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, após ele propor, e quase conseguir, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.

III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:
1 - A OTAN comandada, como se sabe, pelos EUA, já bombardearam as principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis em que um único projéctil é capaz de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e infra estruturas de água, esgotos, gás e luz estão sèriamente danificados;
2 - As bombas usadas conteem DU (Uranio depletado) que tem um tempo de vida de cerca de 3 bilhões de anos (causa cancro e deformações genéticas);
3 - Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicologicamente por causa das explosões que parecem um terramoto e racham as estruturas das casas;
4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da OTAN, as crianças sofrem principalmente com a falta de medicamentos e alimentos;
5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo as crianças são as mais atingidas;
6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia, estão deixando o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egito. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;
7 - Se o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver: Água e comida.
De uma população de 6,5 milhões de pessoas.
Em suma: O bombardeio "humanitário", acabou com a nação líbia. Nunca mais haverá a "nação" Líbia tal como ela existia.
Retirado do mural de Facebook de Will do Rosário

A morte de Bin Laden, por Leonardo Boff

Alguém precisa ser inimigo de si mesmo e contrário aos valores humanitários mínimos se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de novembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado ele mesmo num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do pais... continuar aqui

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A morte de Bin Laden, por Jeremias Langa

Bin Laden morreu, mas o terrorismo não. Para a infelicidade do mundo, o terror de inspiração islâmica não se foi com o seu mentor. Continua uma ameaça real. Bin Laden era sobretudo um inspirador de muitos grupos de fanáticos. Continue aqui

O mundo está mais seguro sem Bin Laden

-Thomas Neids, secretário de Estado-adjunto dos EUA. Leia mais aqui

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cesta básica? Não, obrigado!

Macacos me mordam se isto não for verdade! Ao contário do que o governo diz, a cesta básica não foi criada para conter o custo de vida na população mais vulnerável das cidades do país. Trata-se de uma conversa fiada para boi dormir ou mais um número deste circo para entreter as massas e impedi-las de se  manifestarem violenta ou pacificamente em prol do seu bem-estar, um direito fundamental e de cumprimento obrigatório por qualquer Estado, à luz do contrato social.
Na verdade, uma vez mais os dirigentes deste país estão aproveitar-se do exacerbado e secular infantilismo político e de cidadania, que impede os moçambicanos de fazer valer os seus interesses. A população, por sua vez,  levada a pensar que não é capaz de andar  com os próprios pés, deixa-se iludir, quais cegos guiados por outros cegos. Ora, um dos indícios de que estamos perante uma decisão demente e não aplicável, são as sucessivas controvérsias e dúvidas, que pairam sempre que um curioso e histrionico do governo vem à público falar sobre o assunto.
Depois da revisão do escalão da categoria salarial dos trabalhadores elegíveis para beneficiar da cesta básica, dos 2000 mil meticais para 2500, dos questionamentos da Central Sindical (OTM-CS) sobre a base a ser encontrada pelo governo para que a partir do segundo semestre deste ano as pessoas comecem a beneficiar da “bendita cesta”  e depois das tentativas incoerentes de esclarecimentos que são dadas pelo governo, o grupo dos que consideram que o executivo ainda não está preparado para apresentar medidas eficazes e claras para conter o custo de vida, aumentou.

Parece que o nível de desespero e receio por represálias populares à semelhança do que acontece hoje em todo mundo, obriga o governo adoptar até medidas banais para tentar tapar o sol com a peneira. Mas, sublinhe-se que quer a cesta básica, como as outras estão longe de ser  aplicáveis e possuem pouca probabilidade de eficácia. Sem dúvidas, que o governo deveria dinamizar mais as áreas produtivas. Só com o crescimento da produção e produtividade a todos os sectores, iremos ter alimentos para acabar com a fome e a pobreza no país.

Caso não e em piores hipóteses, ajudaria uma definição dos alvos para esses subsídios, nomeadamente, grupos de rendimento e grupos flexíveis, em função do que acontece ao nível dos preços internacionais. Mas, parece não ser igualmente viável para um país como o nosso, onde a pobreza chega a atingir as raias do dramático. CHOREMOS!

Cadeiras do Estádio Nacional

Olá Julia
Bom dia, minha boa amiga. Como vais tu e a tua família? Espero que bem. Do meu lado tudo bem. Embora se possa pensar que o tema não é próprio, numa carta de um cavalheiro a uma senhora, hoje venho falar-te de rabos. Sim, de rabos, seus tamanhos, volumes e pesos.
E tudo isto na base da recente inauguração do Estádio Nacional do Zimpeto. Sobre a pompa e circunstância já outros falaram. Eu volto à questão dos rabos. Segundo li na imprensa, nesta inauguração, mais de uma centena de cadeiras foi partida. Cerca de sessenta das quais na zona VIP.
Ora eu vi fotos das tais cadeiras partidas e, dessas fotos, me parece claro que o problema que existe é a falta de qualidade daquelas cadeiras, presas ao cimento da bancada por uns parafusos de muito duvidosa resistência.
Vais-me perguntar: o que é que isso tem a ver com rabos? E eu respondo-te. Tem tudo. Muito provavelmente aquelas cadeiras, e o seu sistema de fixação, estão preparadas e têm resistência calculada para rabos chineses, pequenos e magrinhos. Para esses, muito provavelmente, elas funcionam bem.
Agora quando elas são sujeitas a suportar os rabos, bem maiores e mais pesados, dos nossos concidadãos, a estrutura já não aguenta, o metal cede e as cadeiras partem. E repara, Júlia, que, das cerca de cem cadeiras  que se partiram, cerca de sessenta foram na zona VIP.
Onde é que tu achas que os rabos são maiores, e mais pesados, senão na zona VIP? Ao princípio tentou-se atribuir as culpas a actos de vandalismo por parte dos espectadores mas será, Júlia, que a principal percentagem de vândalos está nos espectadores VIP? Ao que parece a empresa chinesa de construção comprometeu-se a substituir as cadeiras partidas. Mas eu pergunto: sendo o problema estrutural e não daquelas cem cadeiras em particular, será que a empresa chinesa vai substituir as 42 mil cadeiras ou, pelo menos, todo o sistema de fixação das cadeiras ao cimento, em todo o estádio?
Se o fizer temos obras para muito mais tempo. E para muito mais dinheiro esbanjado. Se não o fizer iremos ficar, gradualmente, sem cadeiras de plástico e com bancadas apenas de cimento, como em todos os outros estádios do país.
De qualquer forma creio que, antes de fazer as reformas, a empresa chinesa faça um estudo profundo sobre os tamanhos e pesos dos rabos moçambicanos. Com análise de casos concretos quer dos cidadãos comuns, quer de alguns rabos VIP, devidamente seleccionados.
Mas as coisas não parecem ficar por aqui. Pessoa que assistiu à inauguração diz-me que são já visíveis rachas no cimento em várias partes do estádio. E há que não esquecer alguns antecedentes. Lembras-te que no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, no Ministério dos Negócios Estrangeiros e no novo Aeroporto de Maputo há duas coisas em comum: terem sido construídos por empresas chinesas e, em todos eles, chover lá dentro.
 O argumento para continuar a usar essas empresas é que trabalham barato e a crédito, mas costuma-se dizer que o barato sai caro e, neste caso das cadeiras, estou com curiosidade de saber qual vai ser o aumento na conta que teremos que pagar.
 Enfim, são os chamados “negócios da China”. Um beijo para ti do
 Escrito por Machado da Graça