quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cesta básica? Não, obrigado!

Macacos me mordam se isto não for verdade! Ao contário do que o governo diz, a cesta básica não foi criada para conter o custo de vida na população mais vulnerável das cidades do país. Trata-se de uma conversa fiada para boi dormir ou mais um número deste circo para entreter as massas e impedi-las de se  manifestarem violenta ou pacificamente em prol do seu bem-estar, um direito fundamental e de cumprimento obrigatório por qualquer Estado, à luz do contrato social.
Na verdade, uma vez mais os dirigentes deste país estão aproveitar-se do exacerbado e secular infantilismo político e de cidadania, que impede os moçambicanos de fazer valer os seus interesses. A população, por sua vez,  levada a pensar que não é capaz de andar  com os próprios pés, deixa-se iludir, quais cegos guiados por outros cegos. Ora, um dos indícios de que estamos perante uma decisão demente e não aplicável, são as sucessivas controvérsias e dúvidas, que pairam sempre que um curioso e histrionico do governo vem à público falar sobre o assunto.
Depois da revisão do escalão da categoria salarial dos trabalhadores elegíveis para beneficiar da cesta básica, dos 2000 mil meticais para 2500, dos questionamentos da Central Sindical (OTM-CS) sobre a base a ser encontrada pelo governo para que a partir do segundo semestre deste ano as pessoas comecem a beneficiar da “bendita cesta”  e depois das tentativas incoerentes de esclarecimentos que são dadas pelo governo, o grupo dos que consideram que o executivo ainda não está preparado para apresentar medidas eficazes e claras para conter o custo de vida, aumentou.

Parece que o nível de desespero e receio por represálias populares à semelhança do que acontece hoje em todo mundo, obriga o governo adoptar até medidas banais para tentar tapar o sol com a peneira. Mas, sublinhe-se que quer a cesta básica, como as outras estão longe de ser  aplicáveis e possuem pouca probabilidade de eficácia. Sem dúvidas, que o governo deveria dinamizar mais as áreas produtivas. Só com o crescimento da produção e produtividade a todos os sectores, iremos ter alimentos para acabar com a fome e a pobreza no país.

Caso não e em piores hipóteses, ajudaria uma definição dos alvos para esses subsídios, nomeadamente, grupos de rendimento e grupos flexíveis, em função do que acontece ao nível dos preços internacionais. Mas, parece não ser igualmente viável para um país como o nosso, onde a pobreza chega a atingir as raias do dramático. CHOREMOS!